Apresentamos abaixo o memorial de leitura de uma cursista muito especial e querida por todos. Trata-se da Profa. SÔNIA DOS SANTOS. Atualmente, ela trabalha na Escola Estadual de Ens. Fund. e Médio irmã Maria Celeste.
O que a torna tão especial no grupo é o seu entusiasmo "contagiante". Ela está sempre de bem com a vida, apesar de todas as dificuldades enfrentadas na vida pessoal e profisssional.
" [...] Fui crescendo bisbilhotando as sobras de livros de meu tio; aqueles que ele usava quando cursava o ensino fundamental e médio. No meio de uma página e outra encontrava as folhas soltas como provas, trabalhos, boletins e até poesias eróticas. Em tudo o que eu achava lia algum trecho.
Nunca recebi livros de presente e os que eu lia estavam na casa dos vizinhos, dos parentes... Nunca dava tempo de eu terminar o livro, pois eram longos, já que se tratavam de clássicos como: A branca de neve e os sete anões, Cinderela... Lembrando que os livros de meu tio eram didáticos, com a predominância de Matemática, História e Geografia. Resumindo, não tive incentivo exterior para a leitura e sim o interior: curiosidade. E, por ironia do destino, continuei lendo livros didáticos, mas agora obrigatórios, indicados pela professora.
Por iniciativa própria, motivada mais pelo prazer do que pela curiosidade, visitava a biblioteca da escola. Naquele tempo, não havia sala de leitura. Meu tempo era curto, mas eu abria mão do horário de recreio. Em pouco tempo tentava me deliciar com o máximo de livros possíveis. E, quando eu encontrava um que me chamava mais a atenção, eram quase quinze minutos dedicados somente a ele.
Hoje, continua a curiosidade e o deleite pela leitura, mas sei que perdi a oportunidade de “viajar nos livros” quando eu tinha mais tempo e a mente mais tranqüila. Nem a escola e nem a família me incentivaram".
Nunca recebi livros de presente e os que eu lia estavam na casa dos vizinhos, dos parentes... Nunca dava tempo de eu terminar o livro, pois eram longos, já que se tratavam de clássicos como: A branca de neve e os sete anões, Cinderela... Lembrando que os livros de meu tio eram didáticos, com a predominância de Matemática, História e Geografia. Resumindo, não tive incentivo exterior para a leitura e sim o interior: curiosidade. E, por ironia do destino, continuei lendo livros didáticos, mas agora obrigatórios, indicados pela professora.
Por iniciativa própria, motivada mais pelo prazer do que pela curiosidade, visitava a biblioteca da escola. Naquele tempo, não havia sala de leitura. Meu tempo era curto, mas eu abria mão do horário de recreio. Em pouco tempo tentava me deliciar com o máximo de livros possíveis. E, quando eu encontrava um que me chamava mais a atenção, eram quase quinze minutos dedicados somente a ele.
Hoje, continua a curiosidade e o deleite pela leitura, mas sei que perdi a oportunidade de “viajar nos livros” quando eu tinha mais tempo e a mente mais tranqüila. Nem a escola e nem a família me incentivaram".