quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Atividade: Escola Alkindar Brasil de Arouca


Cursista: Elza Moreira Alves


Ao trabalhar a atividade prática do TP 3 utilizei o texto informativo, a bula. Pedi aos alunos das quintas séries 01, 02, 03 e 04 que dentro de suas possibilidades levassem para a sala de aula uma bula e um dicionário. Em sala a atividade foi desenvolvida em duplas, porém cada componente teria que ter sua bula, na ocasião fez-se comentários sobre o material e questionamentos como:

O que é uma bula?

Para que serve?

Que informações ela traz?

A linguagem é fácil?

Que tipo de linguagem é empregada na bula?

Na seqüência, solicitei que as duplas lessem suas bulas e dissessem o que conseguiram compreender delas. Inicialmente disseram não entender nada. Pedi que fizessem releituras. Aos poucos foram compreendendo que para se compreender este tipo de texto é necessária muita atenção, pois se trata de um texto com uma linguagem específica.

Na ocasião expliquei-lhes que mesmo sendo eles alunos ainda com pouca idade, devem já começar a ler este tipo de texto, uma vez que possuem capacidade para decifrar o código lingüístico e sabem manusear o dicionário. Expliquei-lhes também que têm o compromisso de auxiliar os pais, irmãos, parentes que não por um motivo ou outro não aprenderam a ler. Deixei claro que eles não tinham obrigação de compreender todos os vocábulos de uma bula, haja vista que seria impossível na série em que eles estão dar conta disso. Então, pedi que visualizassem as informações mais gerais, mais importantes como as do tipo:

a- Para que serve o medicamento da bula que tenho em mãos?

b- Quem poderá tomá-lo?

c- O que ele cura?

d- Qual o prazo de validade?

e- Onde guardá-lo?

f- Quais são as contra-indicações?

g- Quais os efeitos colaterais?

Os alunos anotaram as respostas para tais questionamentos em seus cadernos. Eles puderam compreender com esta prática que a leitura e a escrita é algo simples e complexo mesmo tempo. Simples porque eles foram capazes de ler suas bulas, no entanto, admitiram a complexidade da maioria das palavras que pertencem ao campo da medicina. Com esta atividade os alunos visualizaram que é necessária muita dedicação para aprender a manusear a nossa língua materna dentro do seu padrão.

Convém salientar que surgiram curiosidades com relação ao medicamento genérico, muitos alunos lembraram que o genérico é mais barato, outros disseram não saber o significava isto, assim sendo, explanei a diferença entre um genérico e um medicamento produzido em laboratórios particulares. Com relação a isso eu disse-lhes que o que importa ao paciente é a composição do medicamento e ao consultarem um médico eles podem pedir que este receite medicamentos, se possível, pelo nome da composição genérica.

Houve alunos que fizeram comentários como “ah! Então quando eu tiver com tal doença é só tomar tal remédio...”, “é, só ler a bula dos remédios que a gente tem em casa...” nesta ocasião argumentei que não podemos nos automedicar, todo medicamento deve ter prescrição médica. O médico é a pessoa autorizada para receitar medicamentos, uma vez que será ele que fará o acompanhamento do paciente, ele saberá como reagir caso o medicamento receitado provoque reações inesperadas. Enfim, a aula foi bastante proveitosa, porém devido o gênero textual ser bastante teórico observei que os alunos ficaram limitados.



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