quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Relatório de Atividade - TP4: Escola Ir. Maria Celeste


Cursista: Profª. Neuza Cao Costa


A atividade que vou descrever, começou bem antes de meu encontro com o texto de “ Uriri e Bertolina” do AA4. Venho trabalhando, já algum tempo, com os alunos os tipos de linguagem, sentido figurado, expressões populares e os seus múltiplos sentidos dentro do texto.

Nas interpretações de textos, ressalto sempre a importância de se saber o significado das palavras, e que o que vem antes e depois de certas palavras dizem muito sobre seu significado. Devido a isso que expus acima, o texto de Uriri e Bertolina veio a “calhar”.

Na primeira aula entreguei o texto digitado e pedi que os alunos fizessem uma leitura silenciosa, em seguida fiz uma roda de leitura, onde cada um lia um fragmento. Conforme os alunos iam lendo em voz alta, percebi que eles começaram a rir e fazer caretas por não estarem entendo muitas das palavras expressas no texto. Alguns alunos até perguntaram “Que texto é esse?!” outros antes mesmo do termino da leitura diziam “Não tô entendendo nada”!

Deixei que terminassem a leitura e os comentários e então fiz uma leitura para todos. Após a leitura perguntei se tinham entendido o texto, dava para ver claramente que não, e a partir daí passei a explicar que algumas palavras, por não fazerem parte do nosso dia a dia, pareciam incompreensíveis, mas que dentro do contexto podiam ganhar um significado lógico, compreensível. Expliquei também que o significado de algumas das palavras encontradas ali não poderia ser resgatado no dicionário, o que causou certo estranhamento entre os alunos, pois eles tem a noção de que o dicionário tem resposta para tudo e foi ai que expliquei que essas palavras e frases feitas são típicas de um povo, de um lugar e que são chamados de expressões populares e que as mesmas são esclarecidas no momento do uso, dependendo da situação como exemplo citei um trecho do texto Uriri andou curiando tudo na estrada e no meio do caminho viu uma cunhã” nesse trecho trabalhei o sentido de “curiando” e quando eles entenderam o sentido fizeram um “há é isso?!” como quem diz “ é fácil”.

Fiz algumas colocações sobre uma mesma palavra que estava sendo usada no texto com dois sentidos diferentes, mas não disse qual a palavra, essa foi fácil acharam logo, porém, ficou a dúvida quanto aos sentidos.

Nesse momento faltavam 15 minutos para acabar a aula, pedi que fizessem o exercício proposto logo abaixo do texto.

Pedi que destacassem 10 palavras que desconheciam o significado de dentro do texto. (essa foi fácil, moleza, como disseram)

Depois que dessem o significado que eles achavam que tinham essas palavras. (nesse exercício, já começaram a reclamar e como faltava pouco tempo para acabar aula, pedi que fizessem em casa com a ajuda da família)

E para finalizar pedi que reescrevessem o texto com o significado que encontrassem. (muitos reclamaram dizendo esse texto é muito grande) Disse que como não teríamos aula por dois dias que daria tempo de sobra.

Na aula seguinte apenas 07 alunos trouxeram o texto escrito novamente, e para minha surpresa eles não tinham olhado no dicionário. Lemos 03 textos e demos boas risadas. Nessa altura da aula alguns alunos já tinham encontrado o significado em casa, ,mesmo não tendo feito o texto, e participou dizendo o que tinha descoberto. Alguns significados estavam certos outros não, mas não fiz correções.

Levei mais algumas palavras, umas que conheciam, outras não, escrevi no quadro e fomos tentando adivinhar e dando vários sentidos a elas dependendo do contexto. (montamos frases)

Pedi como atividade para casa que trouxessem no dia seguinte palavras novas, expressões (gírias) que fossem de seu dia a dia, de seu convívio para montarmos um quadro com sentido real e sentido imaginário como estava proposto no AA4. ( Eles gostaram, sentiram aí a oportunidade de me pegar).

No dia seguinte foi a revanche, trouxeram coisas que até Deus dúvida,

Tinha palavras e expressões que eu nunca tinha ouvido falar, e é claro, eles se divertiram, corri para o dicionário, e nessa hora foi de pouca valia, apelei para o contexto, pedia a história da expressão, e as vezes acertava outras não.

Bem! Para finalizar, foi divertido, e os alunos gostaram e “acho” que compreenderam que muitos dos significados está no enredo, na história do texto, que o antes e o depois conta mais que o durante, momento em si. Que precisamos ter um olhar mais amplo quando perguntamos ou queremos saber o significado da palavra ou da expressão.



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